Também conhecido como álcool celulósico, o etanol de segunda geração é produzido a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.
O bagaço da cana é uma fonte de biomassa farta, altamente energética, de fácil digestão e imediatamente disponível, segundo Finguerut.
“Hoje usamos apenas 1/3 da energia que a cana absorve pela fotossíntese, mas podemos ampliar esse potencial utilizando o excesso de bagaço para geração de energia”, afirma.
A tecnologia para transformar celulose em etanol já existe de fato e é aplicada em vários projetos pilotos no mundo e até no Brasil.
A dificuldade encontrada pelos pesquisadores é elevar a produção a uma escala industrial, já que as enzimas necessárias para quebrar a celulose em pedaços menores, passíveis de fermentação, custam muito caro.
A busca entre os cientistas é por microrganismos capazes de sintetizar enzimas mais eficientes e com menor custo de produção.
Uma terceira geração de biocombustíveis, ainda mais distante da nossa realidade atual, permitiria a produção de combustíveis líquidos pela gaseificação da biomassa – e pode ser um novo mercado promissor para o Brasil.
Por Sabrina Domingos, atualizado em outubro de 2008
Fonte: Carbono Brasil